Mas...e Marquinhos? Remanescente da temporada 2011, o meia ex-Santos é um camisa 10 de origem. Poderia ser ele o protagonista do meio-campo tricolor. Mas, se Caio Júnior e os dirigentes pensam diferente, ele não se importa em atuar de outra forma.
- É onde eu sempre joguei (camisa 10), embora tenha feito outra função ano passado, e esteja fazendo outra função agora. Preciso mostrar nos treinos o que posso fazer. Mas agora, no início, o importante é ajudar. Quando conversei com o Caio Júnior eu disse que preferia a armação, mas como já havia o Douglas ele me disse que pretendia me utilizar mais atrás - explicou Marquinhos.Marquinhos prefere jogar como o articulador central, e acredita que tem condições para vestir a camisa 10 tricolor. Ele lembra que ano passado até se criou uma polêmica, se Douglas e ele - dois articuladores natos - poderiam jogar juntos. À época, Celso Roth resolveu o impasse posicionando Marquinhos pelo lado, e mantendo Douglas centralizado.
- Quando cheguei se tinha esse pensamento de se jogar com um meia só, foi até uma polêmica quando eu e o Douglas começamos a jogar juntos. Depende muito da formação, para ser o meia mais centralizado, de costas - afirmou.Ser um polivalente, entretanto, tem suas vantagens. Se Marquinhos não é considerado o camisa 10 ideal no momento, ganha oportunidades em outras funções - ou como apoiador no losango, ou como segundo volante no 4-4-2 em duas linhas:
- Ajuda ser polivalente, nos últimos três, quatro anos, foi assim. No Santos joguei fora da minha função de origem, ano passado foram quase 40, 50 jogos atuando mais aberto. A questão é se adaptar. Só não jogo como primeiro volante, posso ser segundo no losango, pelo lado, posso jogar no 4-4-2 com dois meias lado a lado, no 4-2-3-1 com três meias...me encaixo em qualquer uma, só não sei fazer a primeira função, que precisa de mais marcação.
Marquinhos acredita que a função desempenhada pouco importa. Não sendo como primeiro volante, ele aceita qualquer coisa para ajudar o Grêmio a conquistar títulos importantes, algo que não acontece desde 2001, com o tetracampeonato da Copa do Brasil.
- Meu pensamento é o mesmo que tinha no Santos, de conseguir o máximo de títulos. Só não esperávamos ganhar tanto em tão pouco tempo, e bem, como foi. Aqui o planejamento está sendo feito, mas o futebol é muito imediatista. O pensamento é este, de conquistar títulos para essa torcida que há dez anos espera e vê o rival ganhar. O grupo de agora sofre com os dez anos anteriores. O torcedor é apaixonado, e isso dá uma pressão...tem gremista de dez anos que nunca viu o time campeão. Precisamos ganhar já neste ano - concluiu.
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