Novela sobre novo fornecedor de material do Botafogo tem fim adiado

A decisão sobre o novo fornecedor de material esportivo do Botafogo virou novela. Depois de dar a Puma praticamente como descartada na noite de quinta-feira, a diretoria do clube recebeu um sinal da empresa, demonstrando interesse em atender alguns pedidos, antes negados veementemente. A previsão era de que o anúncio da marca escolhida acontecesse na segunda-feira, quando será eleito o presidente do Conselho Deliberativo. Mas esse prazo não será cumprido.

O Botafogo enfrentou uma série de problemas com a Fila durante a temporada e rescindiu o contrato unilateralmente, usando uma fita para tampar a marca nos uniformes de treino e jogos desde outubro. A principal reclamação era com o atraso na entrega do material para as categorias de base do clube. O departamento jurídico, inclusive, estuda entrar com uma ação contra a empresa.

Apesar de voltar a negociar com a Puma, depois de idas e vindas, o Botafogo tem três propostas na mão para o caso de o acordo não ser fechado na próxima semana. A Nike, que havia demonstrado interesse, não enviou um documento oficial e, por enquanto, está fora da mesa de negociação da diretoria. A preocupação é não passar pelos mesmos problemas vividos nesta temporada com a Fila.

Mesmo com essas três propostas e a complicada negociação, a preferência do Botafogo é de fechar com a Puma pela visibilidade internacional que o clube pode ter. A empresa também patrocina a seleção do Uruguai, onde Loco Abreu é um ídolo nacional.Enquanto não fecha o acordo com o novo fornecedor de material esportivo, o Botafogo também negocia acordo com patrocinadores para 2012. João Fortes, Havoline e Guaraviton, que estamparam suas marcas nos uniformes em 2011, negociam com o clube, mas outras três empresas concorrem pelos espaços.

O clube fechará com pelo menos duas das três empresas que foram parceiras em 2011 e o número de patrocinadores com as marcas estampadas nos uniformes não passará de três. A expectativa é apenas de uma correção nos valores recebidos no ano passado, sem um aumento significativo nas receitas.